sábado, 28 de agosto de 2010

Maria...Ela escolheu a boa parte...


MARIA

Esta mulher com tantos atributos especiais: uma mulher meiga, doce e principalmente adoradora. Quebrou paradigmas e se entregou totalmente a simplesmente amar Jesus, pois ela demonstrou isso. Ela não amou só de palavras, mas também com suas ações.

Marta ocupada em muitos serviços e Maria sentada aos pés de Jesus.

Ela sentou-se aos pés de Jesus, depois, mais tarde, na casa de Simão, ela o ungiu da cabeça aos pés. Pouco tempo depois, ele foi entregue para ser crucificado.

Maria, no texto de Lucas 10:38, estava servindo com Marta. Então, neste texto, observo:

• Maria entrou aonde não podia – ousadia (a mulher não podia entrar onde havia uma reunião de homens);
• Maria enfrenta tudo e todos – coragem;
• Maria escolheu a boa parte – inteligente – discernimento espiritual;
• Maria ficou aos pés de Jesus – submissão e adoração;
• Maria aproveitou a oportunidade, pois Jesus não estaria lá mais tarde – prudente, vigilante, sensível a voz de Deus;
• Maria não se submeteu a irmã, mas a Deus – reconheceu a hierarquia divina (autoridade);
• Maria não deu valor ao alimento que perece (na cozinha) – prudência - deu valor ao alimento eterno (Jesus, o Pão da vida).

Por um momento, Jesus começa a ensinar:

Maria nunca tinha ouvido alguém falar como ele. Há um magnetismo em sua palavras, como se contivessem fôlego e vida. Coisas que Maria desconhecia necessitar até aquele dia.

Ela se move lentamente até se ajoelhar aos pés do Senhor. O ensino de Jesus a envolve, revelando a verdade ao seu coração faminto.

Ela ignora a tradição, quebra a etiqueta social e chega mais perto; o mais perto possível de Jesus. Não tem importância para ela que seu gesto poderia ser mal interpretado. Não se importa com os olhares estranhos dos discípulos. Em algum lugar distante, ela ouve seu nome (Maria, Maria!), mas está atraída pelo chamado do Mestre. O chamado para vir, o chamado para ouvir; e é isso que ela faz. Deus a chama para uma amizade íntima com Ele, através de Jesus Cristo.

Deus deseja comunhão com você!

O mundo clama: faça mais! Seja tudo o que puder!
Mas nosso Pai sussurra: “Aquieta-vos e sabei que Eu Sou Deus.”
Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas – um povo através do qual possa fluir.

Maria sentou-se aos seus pés. Não movia um músculo sequer. Ouvia, apenas ouvia..
Não se aproximou com respostas inteligentes ou com uma tese doutrinária.
Sua virtude era a disponibilidade.

O Senhor nos convida para vir e descansar, passar um tempo ao seu lado, nesta incrível intimidade da sala de estar.
Intimidade que nos permite ser honestas em nossas queixas, corajosas para nos aproximar e generosas em amor. Intimidade que nos propicia ouvir a voz do Pai e entender Sua vontade. Intimidade que nos preenche de tal forma com Seu amor e natureza, que se espalha até o nosso mundo seco e sedento do trabalho na cozinha.

Na sala de estar é onde tudo começa. Aos seus pés.

E se não arrumar tempo para estar a sós com Jesus, nossa relação sofrerá, pois o tempo é parte integrante de qualquer relacionamento.

Quando nos expomos a Deus por meia hora, uma hora ou talvez duas horas, a imagem d’Ele é impressa mais e mais sobre nós. Absorvemos mais e mais a imagem do seu caráter, amor, sabedoria, seu modo de lidar com a vida e com as pessoas (orando e lendo a Palavra de Deus).

O pecado pode nos separar da sala de estar, mas se arrependendo, pedindo e crendo no perdão de Deus, conseguimos permanecer como Maria.

Vendo o texto em que Maria ungiu Jesus em Betania – Marcos, 14:3 – Ela quebrou o vaso de alabastro e derramou sobre a cabeça de Jesus.
Em João, 12:3, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos.
Encheu-se toda casa com o perfume do bálsamo.
Em Mateus 26:6, Jesus disse: “derramando esse perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento.
Em verdade vos digo, onde for pregado em todo mundo este Evangelho, será também contado o que ela fez, para memoria sua.”

Ela, Maria, parecia pronta para corresponder ao amor extraordinário de Jesus. Maria, meiga, doce, queria agradá-lo dando o seu maior tesouro (o que tinha de melhor). Maria – desprendimento material (entregou seu investimento para vida toda). Maria, extravagante como seu perfume.

Mateus 6:21 – “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

No dicionário:

Extravagante: que ou aquele que é dado a extravagâncias.
Extravagância: qualidade de extravagante; ação que escapa às normas usuais do bom senso, do equilíbrio emocional, do bom gosto.

Esse é o amor extraordinário, o tipo de amor que desconsidera todas as outras coisas para se concentrar apenas em uma: o objeto desse amor. O tipo de amor que renuncia a tudo, desejando apenas ter mais para oferecer.
Nada é tão precioso. Nada é tão extraordinário.

O coração exige que nós o demonstremos – e o demonstremos em sua plenitude.

Maria possui um coração grato – seu irmão havia sido ressuscitado da morte.

Maria, quando ungiu Jesus, no banquete em sua homenagem, deu o melhor ao Senhor. De fato ela, provavelmente, sacrificou sua real esperança quando deitou o perfume nos pés do Mestre. Porque aquele vaso de perfume – descrito por Mateus e Marcos como um vaso de alabastro, e que foi quebrado para ser aberto – continha todas as esperanças e sonhos de Maria. Estar casada figurava em primeiro lugar na lista de desejos de toda donzela judia. Sua cultura, e até mesmo sua religião, fizeram do casamento e especialmente do parto a mais alta expressão de honra. Ser estéril era uma desgraça. Mas não ser casada... bem, isso era verdadeiramente uma vergonha.

Aos 12 anos de idade, a maior parte das mulheres judias era prometida em casamento, caso ainda não fossem casadas. Os pais geralmente arranjavam as uniões, embora as garotas tivessem a oportunidade de se pronunciar sobre a questão. Vários fatores estavam envolvidos. Um era o preço da noiva: a retribuição paga ao pai da noiva pelo noivo. Mas também se esperava que a noiva trouxesse algo de valor para a união. Quando os dois lados chegavam ao acordo, o noivado – o compromisso da solenidade – estava concretizado. Um documento adornado chamado Ketubah era assinado pela futura noiva e seu noivo, e a cerimônia era selada por um beijo. A partir daquele momento o casal estava legalmente obrigado a casar, embora a verdadeira cerimônia de casamento ainda fosse demorar vários anos para acontecer.

O acordo poderá ser rompido apenas pela morte ou pelo divórcio, opção considerada por José antes de ser tranquilizado por um anjo. Mas o que Maria possuía sem um pai que lhe arranjasse um casamento? O tempo corria contra ela. O vaso de alabastro com o perfume devia ser parte, senão o total, do dote de Maria. Valia mais do que 300 dinheiros, aproximadamente um ano de salário. Não era um perfume qualquer.

Embora o nome não seja romântico, o nardo era raro, feito do óleo aromático extraído da raiz de uma planta que cresce principalmente na Índia. Tinha que ser importado. Maria não conseguiria comprar o perfume nas prateleiras de um hipermercado. Na verdade não há um perfume cujo valor seja comparado àquele, aproximadamente U$ 30.000,00 o vidro. Por outro lado, o alabastro era um recipiente comum no Oriente próximo. O gesso branco como a neve ficava lustroso e translúcido quando polido.

O tesouro que Maria derramou naquele dia era mais do que um perfume caro, ela esta derramando sua vida toda em um serviço sacrificial e de amor.

Infelizmente nem todas as pessoas naquele banquete tinham o mesmo coração de Maria. Muitos disseram: “Que desperdício! Que demonstração desnecessária, exagerada e extraordinária de emoção. Por que um vaso inteiro quando algumas gotas seriam mais do que suficientes? Por que quebrar o vaso quando ele poderia ter sido facilmente entornado?
Quebrar o vaso, significa entrega total, hoje nós somos o vaso, que precisa ser quebrado na presença de Deus, só assim, vamos nos esvaziar de nossa essência, nada ficará de nós, até que o Senhor reconstrua um novo vaso para glória e honra do Nome Dele, vasos que o adorem, em espírito e em verdade...

Por Monica Mello

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